Tenha uma boa leitura Uma viagem com os livros

6/05/2013

Depoimentos,memórias e declarações.
 Olha que delícia viajar nesta música juntamente com nossas memórias:



                       
"Passeando em meu passado, principalmente na pré-adolescência onde a curiosidade aflora,"Pollyanna menina e moça", sem dúvidas foram livros marcantes para mim, o jogo do contente nunca saiu de minha memória e acreditem me fez uma adulta mais crédula, esperançosa. Minha mãe, leitora e muito inteligente despertou esta curiosidade, ler e escrever passou a ser fundamental, meu diário era repleto de histórias verìdicas, ficcionais e até poesias. Nunca vou esquecer, pois através deste ato me tornei uma escritora, adoro escrever, então juntamente com este mundo virtual de hoje, uni estas preciosas "delícias" e me tornei uma professora "antenada", procuro estar interada com meus alunos em sala de aula e também nas redes e grupos que eles participam na internet. Danuza Leão,jornalista e escritora,fez uma citação que condiz comigo :"Sou uma anarquista mental", Danuza traduziu também o que procuro em meus alunos hoje, ter esta curiosidade e porque não ' anarquistas ' !!!"
Patricia Lopes


Tinha oito anos exatos quando ganhei meu primeiro livro, “O pequeno príncipe”  de Antoine de Saint Exupéry e confesso que isso  não me agradou muito já que esperava por uma boneca. Coitado do principezinho... Ficou esquecido ainda por muito tempo, pois nem ele nem seu carneiro escondido numa caixa, nem seus gigantes baobás,   muito menos a sua simplicidade de vida e  nem  a pureza de seu olhar me fizeram gostar de ler o livro com aquela idade. Também levei  tempo para descobrir que aquele chapéu, na verdade era uma jiboia comedora de elefantes. O livro foi degustado mais tarde, com a idade certa, e nesse momento a leitura fluiu maravilhosamente. Aos quinze, um pouco menos talvez, apaixonei-me pelos romances no estilo Júlia, Sabrina, Bianca, e já havia passado por toda a série "Vaga Lume",  na escola. Mais tarde vieram Agatha Christie e Sidney Sheldon. E no ensino médio, veio a paixão pela literatura brasileira, razão da escolha pelas letras.  Também degustei e ainda degusto  dos  densos teóricos da  área do  Direito. Foi assim que adentrei para o mundo da leitura e da escrita.  A todos, um beijo carinhoso e um delicioso aroma de amor que vai junto! 


Rita de Cássia Rui Nascimento

Professora de Língua Portuguesa



Ouvindo o depoimento do Gilberto Gil, que lembra de quando fazia suas tarefas escolares
 na companhia de sua avó, que cozinhava enquanto os netos (Gil e sua irmã) estudavam,
 recordei-me da influência de minha mãe sobre o meu gosto de escrever, de estudar. Ela
 cursou apenas até a quarta série, pelo simples fato de não ter podido continuar os estudos,
 pois precisava trabalhar na roça para ajudar os pais. Ela sempre desejou muito frequentar
 a escola, porém, não foi possível. Creio que também por isso, ela sempre se fez bastante
 presente em nossa (minha e de minha irmã) vida escolar, nunca deixando de nos incentivar
 a ler, a escrever, a gostar de estudar. Algo que ficou marcado em minha memória, foram as
 vezes em que eu me sentava perto do tanque de lavar roupas, com um caderno e lápis nas
 mãos, para que a minha mãe fizesse ditado de palavras para mim enquanto ela lavava as
 roupas. O interessante é que, mesmo ocupada, repleta de trabalhos domésticos a realizar,
 a dona Iracema dava um jeitinho e fazia o ditado. Lembro-me também de quando minha
 mãe traçava as letras do alfabeto para que eu pudesse contorná-las. Para cada letra ela
 inventava uma historinha... Como é bom relembrar os momentos simples, porém importantes,
 que fizeram toda a diferença em minha formação!

                          Sandra Yabiku Ferraz Fulini     




Assim como o Gabriel “O Pensador” teve um exemplo de professor, que no caso foi sua avó, eu passei pela mesma experiência. Meu professor da sétima série, Sr. Ismael, ainda recordo seu nome, lia e transmitia os  textos em suas aulas com tanta paixão que aquilo, aos meus olhos, parecia uma história real e eu desejava conhecê-las. Rubem Alves, falando dessa apropriação do autor e de sua obra, cita algo que chamou minha atenção, ele diz que ele é o que é pelos livros que devorou. Sinto-me  igualmente faminta pelos livros que leio e sempre tenho a sensação de ter um laço com aquele escritor, como se agora ele fizesse parte de mim e eu dele.Outra citação que achei tão próxima da minha experiência foi a de Danuza Leão que diz não saber explicar os livros que leu e a razão pela qual os leu. Penso que acontece uma certa escolha inconsciente de cada um de nós pelos mesmos tipos de livros, seguindo um padrão que só nosso cérebro conhece, e que seríamos incapazes de explicar (eu pelo menos não o seria) que gera essa escolha. Consigo entender o prazer que sinto na leitura, mas não consigo explicar o grau de concentração que consigo atingir com certas leituras, pois, para mim, a barreira do imaginário e do real é transposta sem que eu perceba e me sinto realmente vivendo e devorando (segundo Rubem Alves) um pouco daquele escritor e seu mundo.
 
               Rosana Vieira Ladislau Gentil
                                                                


2 comentários:

  1. Renata,preciso de seu depoimento para completar esta página.....abraços!
    Patricia Lopes

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